Tuesday 20 July 2010

Nr. 6: ainda na onda dos panos



Quando eu era pequenina, para além de evitarem dotar-me de um vocabulário que teria pouca utilidade após a saída do infantário (xixa, popó, ao-ao), os meus pais também saltaram etapas e ensinaram-me a comer como gente grande. Tenho a certeza de que a minha destreza manual também terá saído beneficiada (e, coitadinha de mim, nem assim), mas acima de tudo a minha educação esmerada no campo das maneiras à mesa dita que, desde miúda, nunca me tenha sentido insegura à mesa, seja numa conferência, numa gala ou numa tasca. E esta segurança não tem preço, tanto no trabalho como na vida real (wink, wink).

Outra das coisas que garante é que eu sempre soube que se colocam no colo guardanapor de pano e se deixam na mesa os de papel. Resultado: neste país onde eu moro, e que os guardanapos aparecem com a frequência daqueles cometas raros ou dos e-mails do idiota do francês que não me liga nenhuma, tenho duas hipóteses - deixo os alemães porem aquela meia árvore que lhes colocaram ao lado do garfo no colo, não fazer o mesmo e deixá-los pensar que eu sou muito mal educada. Ou trazer uma fotocópia do Knigge, a Bobone cá do sítio, no bolso e fazer figura de snob. Como a minha mãe também me passou algum bom-senso, vai ganhando a primeira.

1 comment:

  1. Uma cena que a minha mãe nunca me ensinou foi o truque da salada com as duas colheres.

    Adoraria um dia saber servir me da salada de uma mais elegante do que a bruta de hoje em dia.

    Espero que a tua mãe te tenha ensinado a ser uma menina bem comportadinha :)

    Edu

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